AZUL
"Eu não sei se vem de Deus o céu ficar azul. Ou virá dos olhos teus essa cor que azuleja o dia. Se acaso anoitecer e o céu perder o azul, entre o mar e o entardecer, alga marinha, vá na maresia buscar ali um cheiro de azul. Essa cor não sai de mim, bate e finca pé a sangue de rei até o sol nascer amarelinho, queimando mansinho cedinho. Corre e vá dizer pro meu benzinho, um dizer assim: o amor é azulzinho."
“Tu, somente tu irás converter a neve em dia azul...” (Vaidade, 2004) Azul claro quase branco como a neve. RGB: 240-246-247 CMYK: 4-0-0-0 #F0F6F7
“Vago em tuas sendas azuis...” (Vidas pra contar, 2015) Senda é um caminho com obstáculos que pode levar a iluminação, por isso, uma azul mais claro próximo ao branco, totalidade da luz visível. RGB: 198-218-231 CMYK: 21-2-0-1 #C6DAE7
“Depois da chuva passada, céu azul se apresentou...” (Malásia, 1996) O cinza da chuva vai dando lugar ao azul celeste. RGB: 203-211-235 CMYK: 19-10-0-0 #CBD3EB
“Prata na luz do amor, céu azul...” (Lilás, 1984) Prata é um cinza metalizado, então, um azul acinzentado. RGB: 180-199-211 CMYK: 30-9-9-0 #B4C7D3
“A vereda é azulada e sofrida a solidão...” (Matizes, 2007) Veredas são atalhos, caminhos curtos, que, nesse caso, acinzentam o azul sofrido pela solidão. RGB: 158-166-180 CMYK: 42-23-18-1 #9EA6B4
“Um olhar, uma luz, ou um par de pérolas mesmo sendo azuis...” (Coisa de acender, 1992) Azul perolado tem um brilho acinzentado que reflete os azuis ao redor. RGB: 155-174-228 CMYK: 47-25-0-0 #9BAEE4
“Se disfarce de Zeus, Juruna, na deusa azul...” (Meu lado, 1986) A deusa azul: referência à Shiva, deusa hindu de pele azul. RGB: 203-211-235 CMYK: 19-10-0-0 #CBD3EB
“Minha Foz do Iguaçu, Pólo Sul, meu azul, luz do sentimento nu...” (Coisa de acender, 1992) Azul claro, frio, gelado, como as águas do Iguaçu e o Pólo Sul. RGB: 116-209-234 CMYK: 47-0-7-0 #74D1EA
“Não é azul, mas é mar de tanto brilho...” (Não é azul mas é mar, 1987) Azul? Verde? Ciano? O brilho clareia e dá o tom desse matiz. RGB: 60-203-218 CMYK: 60-0-23-0 #3CCBDA
“Por isso é que tu és estrela mesmo em céu de anil...” (Vidas pra contar, 2015) Puro anil. RGB: 0-170-227 CMYK: 90-0-3-0 #00AAE3
“Aqui ou noutro lugar, que pode ser feio ou bonito, se nós estivermos juntos, haverá um céu azul...” (Ao vivo, 1999) Puro azul, puro céu. RGB: 0-133-202 CMYK: 100-13-1-2 #0085CA
“Lá o céu azul e mesmo o mar azul é todo azul por ela...” (Vidas pra contar, 2015) Um azul com um toque de mar, um mar com um toque de céu. RGB: 0-127-163 CMYK:100-5-14-17 #007FA3
“Viver, como se diz, dá medo apesar de se ter céu azul...” (Malásia, 1996) O medo vem no azul celeste acinzentado, como se estivesse após a tempestade ou na iminência de uma. RGB: 0-115-150 CMYK: 98-6-10-29 #007369
“Eu te apresentarei ao céu azul para que eu não veja nada sem cor e o sol raiar sem amor...” (Vaidade, 2004) O celeste, o azul que dá cor ao céu. RGB: 9-87-195 CMYK: 92-64-0-0 #0957C3
“No fundo azul, é zoom, é zen, você e eu...” (Vidas pra contar, 2015) Chroma key, o fundo azul usado em efeitos especiais. RGB: 0-80-181 CMYK: 100-66-0-0 #0050B5
“A manhã me socorreu com flores e aves suaves e soltas em asa azul...” (Meu lado, 1986) Aves de asa azul: uma referência à arara azul com asas de cor viva. RGB: 59-63-182 CMYK: 87-77-0-0 #3B3FB6
“Leia no muro do seu quintal, pichada, fixada no azul, a frase essencial...” (Oceano, 1989) Azul quase artificial como numa tinta de parede. RGB: 48-58-178 CMYK: 93-78-0-0 #303AB2
“Em seu convívio, tão colorido, quiçá do lado azul, preto, branco, qualquer cor, mas sempre vivo...” (Coisa de acender, 1992) O primeiro azul da lista Pantone com maior relação entre ciano e magenta, se aproxima do azul digital em sua força máxima, o mais vivo. RGB: 16-6-159 CMYK: 100-95-0-3 #10069F
“E tudo nascerá mais belo, o verde faz do azul com o amarelo o elo com todas as cores para enfrentar amores gris...” (Malásia, 1996) O verde é uma cor-pigmento resultante da mistura das primárias azul com amarelo. Na conversão digital, é o ciano e o magenta que criam o azul. RGB: 0-20-137 CMYK: 100-89-0-0 #001489
“Viva o cordão azul e encarnado...” (Djavan, 1978) Encarnado é vermelho, então, um azul forte arroxeado por sua quantidade de vermelho. RGB: 51-0-114 CMYK: 90-99-0-8 #330072
“Sombra de luz, ui de amor frugal, casa azul...” (Coisa de Acender, 1992) A sombra escurece. O amor esquenta. A casa ganha tons de um azul arroxeado, frugal como um mirtilo. RGB: 52-53-121 CMYK: 99-89-0-7 #343579
“Mas era só a chuva que caía com suas setas transpassando o dia tecendo a noite azul...” (Rua dos Amores, 2012) Noite azul, preto azulado, carregado de azul. RGB: 34-28-53 CMYK: 100-100-10-79 #221C35
"O luar que eu vi no lago azul, daria pra você. O luar que vi no lago azul num instante se escondeu..." (Malásia, 1996) O luar determina o azul noturno do lago. RGB: 30-26-52 CMYK: 97-100-15-72 #1E3A34
“Tudo que era azul ficou down...” (Não é azul mas é mar, 1987) Um azul fechado, que chega a ser preto com um tom de azul, preto do escuro, da solidão. RGB: 28-29-46 CMYK: 57-0-0-100 #1C1D2E
“O verde do mar é um verde num tom quase azul...” (Luz, 1982) Aquele verde que confunde: verde água? Azul esverdeado? No limiar entre o verde e o azul, aparecem os tons de ciano. Neste caso, um tom mais fechado pela profundidade do mar. RGB: 0-38-62 CMYK: 100-63-16-78 #00263E
Djavan frequentemente utiliza cores em suas letras.
Em 1987, Djavan lançava o álbum Não é azul mas é mar.
Em 2007, Djavan lançava o álbum, Matizes.
Matiz é cor, é nuance.
A cor azul é a mais presente, com mais de 20 citações, três títulos de música ("Não é azul mas é mar", "Dia azul" e "Azul") e o álbum de 1987.
Resolvi, então, lançar o projeto Azul, como uma homenagem aos 30 anos do primeiro e 10 anos do segundo álbum citados.
O projeto consiste numa representação cromática dos azuis descritos por Djavan em algumas de suas músicas através da escala Pantone, uma das mais importantes referências mundiais de cor.